Aos 80 anos de idade, o Nobel de Economia Edmund Phelps continua a viver num apartamento alugado, não por falta de dinheiro ou de crédito, mas por acreditar que "o culto da propriedade de uma casa" prejudica a inovação.
Ao contrário de outros momentos de crise, na crise em que vivemos, os inovadores e os empreendedores não estão a mudar o mundo: estão a anunciar-se, a evangelizar e a ganhar rios de dinheiro em palestras de conferências, quais pastores de uma qualquer igreja evangélica.
É-se inovador por ter / não ter casa própria?
Quem valoriza uma vida estável não pode ser um inovador no seu trabalho?
Quem não for inovador, não dá um contributo válido para a sociedade?
Até que ponto este tipo de fundamentalismo não pode estar a fazer com que se recrute apenas gente "inovadora", "nómada", "desprendida", "especial" e a tornar o mercado de trabalho formatado e, paradoxalmente, tudo menos inovador?
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